24 abr 7 segredos básicos agora revelados por James McSill
Eis sete conselhos a partir da ótica de James McSill, que trabalha com quem escreve ou quer escrever e vê que, entre autores em geral, apenas um em cada cinco a dez mil consegue algum tipo de publicação comercial. Por que será?
1. Seja autêntico.
Escreva o melhor que puder dentro da sua capacidade. Dá-me um frio na barriga cada vez que me aparece um autor com um texto que não é dele fingindo que é. Ghost-writing em circunstância especiais e se muito bem feito não tem
problema, mas GW só para ver o nome na capa de um livro é um ato de vaidade que expõe o “autor” ao ridículo.
2. Se conseguir quem publique, fique agradecido. Vejo toda hora gente que tentou publicar durante anos e no momento em que consegue a editora vira um monstro, fazendo exigências que nem Dan Brown faria para publicar. Depois não entendem por que a editora caiu fora e ninguém mais quis aquele texto.
3. Entenda o processo todo que leva da escrita à publicação. Tem gente que acha que editar é apenas acertar a grafia e pôr uma vírgula onde o autor se esqueceu.
4. Se o texto não for profissional ainda, você AINDA não deve torná-lo público. O texto profissional, mesmo ‘mal escrito’, flui, é gostoso de ler. É feito comida, pode ser simples, mas tem que ser bem feitinha ou poderá dar dor de barriga. Escreva e reescreva, edite e reedite até ficar tinindo. 5. Se o texto que você quer publicar não tiver um valor agregado, isto é,
ser algo significativo para alguém, possivelmente, mesmo que publicado, ninguém vai querer ler. Mesmo a literatura de puro entretenimento pede por ‘algo mais’.
6. Networking (quem você conhece na indústria do entretenimento, da formação ou da informação) é responsável por mais 80% dos autores publicados em países como o Brasil. Um autor desconhecido ou sem uma plataforma ‘concreta e mensurável’, que saibamos que o levará a vender certa quantidade de exemplares, cada vez menos é um autor atraente para uma editora comercial – isto é, que investirá na publicação do texto.
7. Evite a autopublicação.
Sabemos de um “sucesso” ou outro – grãos de areia nas praias em que morrem os autopublicados. No mercado mundial há cerca de um sucesso a cada nove milhões de títulos. No Brasil, tivemos o caso do Paulo Coelho e do André Vianco que começaram autopublicando, num mercado que publica cerca de 22 mil títulos ao ano, dois em vinte anos. A possibilidade de você ser o próximo Coelho ou Vianco, garanto, é quase nula. É melhor escrever bonitinho e achar quem pague para publicar você ou, por que não, com toda a dignidade do mundo, fazer outra coisa da vida! Dar murro em ponta de
faca, como dizem os gaúchos, é pura bobagem. De repente, pintar, dançar ou cantar é a sua praia!
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