19 jan Aplicativo faz tour em locais com histórias mal assombradas
O app está disponível para ser usado na Ilha da Madeira, uma ilha pertencente a Portugal localizada no meio do atlântico
Histórias de feiticeiras e leiteiros fazem parte de um aplicativo para smartphone, criado pelo Madeira Interactive Technologies Institute (M-ITI), que está em exposição em Detroit, nos Estados Unidos, numa exposição internacional dedicado aos novos designs de multimídia.
O projeto 7Stories consiste num software para smartphones que permite ao usuário conhecer algumas histórias e episódios da cultura e do quotidiano regional, com base na utilização do GPS e marcadores visuais que disponibilizam conteúdos de vídeo e multimédia em espaços abertos.
“Com este app, o celular vibra cada vez que o utilizador passa por um lugar com alguma história e recebe uma indicação para procurar um marcador, que consiste numa pequena imagem afixada na rua”, explicou o gerente de negócios do M-ITI José Freitas.
O usuário tem apenas que apontar o seu smartphone para o marcador e recebe automaticamente um vídeo com uma pequena narrativa relacionada com o local onde se encontra.
A designação 7Stories advém do fato de serem sete histórias espalhadas pela Rua de Santa Maria, na Zona Velha do Funchal.
“Achamos que se encaixa perfeitamente, pois o número 7 está rodeado de simbologia, o que alinha perfeitamente com o tema de algumas histórias”, disse José Freitas, sublinhando que estas retratam episódios do quotidiano, crenças e superstições e visam a “partilha da cultura madeirense”.
Duas das histórias versam sobre a atividade do leiteiro, profissão entretanto extinta, mas ainda muito viva na memória dos madeirenses, outras duas falam das “sortes de Santo António” e há ainda três baseadas em lendas sobre feiticeiras.
“A abordagem inovadora do 7Stories foi demonstrada com sucesso na região, com a ação ‘Santa Maria Stories’, capturando e expondo a riqueza da cultura oral e tradições da Madeira, para uma audiência alargada, com particular enfoque no turista”, realçou José Freitas.
O projeto integra desde sexta-feira a exposição “Deep Design: Pace, Place, and Personhood”, um certame internacional de novos designs de multimídia, que decorre até 25 de março em Detroit, nos Estados Unidos.
O trabalho de investigação foi liderado por Valentina Nisi, na sequência de uma parceira entre o M-ITI e a Carnegie Mellon University, uma universidade privada de investigação norte-americana com mais de 11 mil alunos.
José Freitas explicou que o orçamento do M-ITI para o programa MadeiraLife, onde se enquadrou o 7Stories, foi de 230 mil euros, verba que também financiou outros cinco projetos, entre os quais o MStoryG, que “deu vida” ao antigo placard eletrônico do aeroporto da Madeira, através da reprodução de mensagens enviadas por celular.
O Madeira Interactive Technologies Institute foi criado em 2010 pela Universidade da Madeira, pela Carnegie Mellon University e pelo Madeira Tecnopolo, na sequência do sucesso alcançado no programa do Mestrado em Interação Humano-Computador, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
O grupo já gerou mais de dez milhões de euros em propostas de investigação em colaboração com a indústria.
Fonte: Notícias Ao Minuto
Adoraaamos! Como não deixar a cultura local morrer, com a ajuda da tecnologia? Ta aí a resposta 🙂 Perfeito case de storytelling! Quando será que veremos algo parecido aqui no Brasil?
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